O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, formalizou na última segunda-feira, dia 28 de outubro de 2025, a sua filiação ao PSD. A cerimônia foi realizada no hotel Ouro Minas, na capital mineira, e contou com o apoio declarado do governador Romeu Zema (Novo) e a presença do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. A solenidade reuniu cerca de duas mil pessoas, incluindo prefeitos, deputados, vereadores e secretários de Estado.
Com o slogan “Juntos por Minas”, o ato político contou também com a presença de Cássio Soares, deputado estadual e articulador da filiação; Antônio Brito, líder do PSD na Câmara dos Deputados; o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD); a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo (PSD); o secretário de Governo, Marcelo Aro (PP); e o presidente do Novo em Minas, Christopher Laguna.
Zema: “Não vamos permitir que quem assaltou Minas volte a governar”
Durante seu discurso, Romeu Zema ressaltou a importância da união política em torno de um projeto de continuidade administrativa e defendeu a trajetória de Simões no governo.
“Nós estamos aqui hoje para não deixarmos que aquela turma que assaltou Minas Gerais tenha qualquer chance de voltar a governar o Estado. […] O Mateus tem sido uma peça fundamental, uma pessoa brilhante, que domina os temas com facilidade e faz a máquina pública funcionar”, afirmou o governador.
Zema também destacou o trabalho conjunto ao longo dos últimos sete anos e reforçou o compromisso de caminhar ao lado de Simões na futura campanha eleitoral:
“Ano que vem, Mateus, você pode contar comigo. Estaremos juntos. Esse casamento político entre o Novo e o PSD tem tudo para dar certo”, declarou.
Kassab: “Zema é o líder de uma nova aliança nacional”
Na sequência, Gilberto Kassab elogiou o governo de Zema e destacou a filiação de Simões como um passo estratégico do PSD em Minas Gerais.
“Minas se transformou com um comandante austero, que promove políticas públicas com transparência e espírito público. […] A partir de agora, o nosso projeto é ser liderado por Romeu Zema. O nosso projeto é eleger Mateus Simões governador de Minas Gerais”, afirmou Kassab.
O dirigente do PSD ainda afirmou que a condução de Zema o credencia para disputar cargos nacionais:
“A candidatura de Romeu Zema à Presidência da República qualifica a política brasileira, oferecendo ao país uma pessoa íntegra e comprometida com as transformações que Minas já viveu”, completou.
Mateus Simões: “Fé, força, lealdade e trabalho guiarão essa caminhada”
Encerrando a solenidade, Mateus Simões fez um discurso emotivo, relembrando sua trajetória pessoal e destacando os valores que pretende levar para sua nova fase política.
“Tudo começou com a minha fé. […] Fé, força, lealdade, resiliência, amor, coragem, trabalho, união e equilíbrio — esses são os valores que vão guiar essa caminhada ao longo dos próximos 12 meses e, espero, pelos quatro anos que virão depois”, declarou.
O vice-governador reforçou o alinhamento com Zema e o compromisso de continuidade das políticas públicas do atual governo:
“Nós sabemos da importância de concluir o metrô de Belo Horizonte, o Rodoanel, reformar as estradas e continuar investindo em saúde e educação. O PSD tem esse compromisso: estar junto pelo futuro, juntos por Minas Gerais”, concluiu.
Mudanças significativas no Cenário Político nacional
Com o lançamento oficial da candidatura de Simões ao governo de Minas e a aliança do PSD com o NOVO, as eleições de 2026 passam por mudanças significativas.
A união dos dois partidos mina as chances de que Alexandre Silveira e Rodrigo Pacheco (ambos do PSD) se lancem ao governo, conforme estava nos planos do PT para 2026. Ambos se candidatarão, possivelmente, a cadeiras no senado. Pacheco segue também como nome cotado para o STF, na vaga disponível pela aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
Com isso, Cleitinho Azevedo (do Republicanos) passou a ser especulado como possível candidato da oposição para disputar o governo de Minas contra Simões. Porém, outros nomes, como até mesmo o de Aécio Neves (PSDB), tem sido apontados como possibilidade.
Fica claro que este evento de filiação foi histórico não só para o PSD e o NOVO, mas para o cenário político nacional. O distanciamento do PSD da base do governo Lula representa um golpe duríssimo para a esquerda, que via no partido a possibilidade de lançar candidatos com chance real de se elegerem em diversos estados.
2026 já começou.



