O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, participou nesta quinta-feira (6) da inauguração da nova fábrica da Heineken em Passos, no Sul de Minas Gerais. Durante a cerimônia, o político chamou atenção ao realizar um brinde com uma garrafa de cerveja sem álcool da marca, enquanto demais representantes e executivos brindaram com a versão tradicional.
A unidade, construída do zero, recebeu investimento de cerca de R$ 2,5 bilhões e é considerada a primeira planta “greenfield” do grupo no Brasil. Segundo a empresa, trata-se de um dos maiores aportes da Heineken no país nos últimos anos.
A fábrica inicia a operação com capacidade para produzir aproximadamente 5 milhões de hectolitros de cerveja por ano, volume que pode triplicar com a expansão planejada, chegando a 15 milhões de hectolitros anuais. O empreendimento deve impulsionar a economia regional, com expectativa de gerar mais de 2 mil empregos diretos e outros 11 mil indiretos.
A companhia afirmou que a instalação faz parte da estratégia de crescimento no mercado brasileiro, especialmente no segmento premium, considerado o mais rentável do setor. O grupo também destacou ações de sustentabilidade na estrutura, como uso de energia renovável, reaproveitamento de recursos e tratamento de efluentes.
Durante o evento, Alckmin ressaltou a importância do investimento estrangeiro no país e reforçou que a nova planta contribui para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais e do Brasil. Executivos da Heineken afirmaram que o Brasil segue como o principal mercado da companhia no mundo.
Com a nova operação, a expectativa é ampliar a distribuição de marcas premium e fortalecer a presença da empresa no Sudeste, especialmente em Minas Gerais e São Paulo.
A cerca de três anos, quando se especulou que a Heineken estaria instalando uma fábrica em Minas Gerais, políticos e pessoas influentes de Ituiutaba tentaram sem êxito trazer a fábrica para a cidade. À época, alegou-se falta de recursos hídricos suficientes que pudessem ser disponibilizadas para a empresa, além de falta de infraestrutura e problemas de logística. A oferta de incentivos fiscais por parte do poder público municipal também foi considerada insatisfatória pela empresa diante das propostas de outros municípios.



